De acordo com uma pesquisa realizada na University of Alabama, em Birmingham, nos Estados Unidos, conservar um peso saudável, especialmente na meia-idade, pode ser o fator mais importante para manter a pressão arterial normal e limitar aumentos ao longo da vida.
O estudo incluiu a avaliação de 4.630 participantes do Coronary Artery Risk Development in Young Adults (Cardia), com idades entre 18 e 30 anos em 1985 e 1986, quando a pesquisa foi iniciada. Até chegarem à meia-idade, os participantes passaram por oito sessões para atualização e acompanhamento dos dados de saúde, com medição da pressão arterial e entrevista sobre os hábitos de vida.
A partir das informações, os pesquisadores analisaram o impacto de cinco comportamentos de saúde nos níveis de pressão arterial ao longo de 25 anos: peso corporal saudável (definido como índice de massa corporal inferior a 25 kg/m²); não fumar; não consumir mais de sete doses de bebidas alcoólicas semanalmente para mulheres e 14 para homens; fazer 150 minutos ou mais de atividade física moderada ou vigorosa por semana; ter uma dieta saudável, classificada pela adesão ao plano alimentar DASH (sigla em inglês para Abordagens dietéticas para controlar a hipertensão).
Os participantes que mantiveram um peso corporal saudável tiveram maior probabilidade de conservar a pressão arterial normal com o envelhecimento. Aqueles que mantiveram o peso corporal ideal apresentaram probabilidade 41% menor de pressão arterial crescente à medida que envelheciam, segundo a pesquisa.
A prática de atividade física ou a adesão a uma dieta saudável não foram associadas a alterações na pressão arterial durante o período de acompanhamento. Sobre não fumar, não consumir álcool ou beber com moderação, é necessária uma análise mais ampla para avaliar as relações com o aumento da pressão arterial.
Os participantes do estudo que mantiveram pelo menos quatro dos cinco comportamentos de saúde tiveram probabilidade 27% maior de chegar à meia-idade com pressão arterial normal.
O estudo foi apresentado nas sessões científicas conjuntas de 2017 do Conselho de Hipertensão da American Heart Association, do Conselho de Rim na Doença Cardiovascular da AHA e da American Society of Hypertension.